Susanne
S. D. Themlitz
Susanne S. D. Themlitz
Portugal, 1968
Susanne S. D. Themlitz (Lisboa, Portugal, 1968) é uma das mais consagradas artistas portuguesas. Na sua prática, a artista desenvolve uma relação imbricada entre o real, o imaginário e o oculto, bem como recria um vocabulário imagético próprio sobre o humano e o universal.
Em permanente estado de metamorfose, as suas obras revelam um poder entrópico característico, e habitam questões acerca do natural, do onírico, do acaso e do oculto, da variabilidade dos materiais e dos meios, dos sonhos, de entre outras categorias. Se a construção de universos — tão imaginários quanto tangíveis — permaneceu, ao longo do tempo, uma constante no seu trabalho, uma certa economia de gestos também se fez cada dia mais presente. Por um lado, as suas esculturas e instalações começaram a trazer uma menor reminiscência antropomórfica, e, em seu lugar, surgiram objetos, artefactos e pequenas memórias imaginárias desse passado‐presente humano.
E lá dentro. Vento., 2024
Instalação, dimensões variáveis
Cortesia Galeria Vera Cortês.
Nesta obra, um encontro entre tempos e lugares distantes faz-se presente. Na paisagem-instalação, Susanne S. D. Themlitz conjuga matérias-primas, esculturas e vídeos anteriormente presentes na sua trajetória, numa obra inédita comissionada pela bienal O Fantasma da Liberdade. Em simbiose, peças escultóricas permeadas de reminiscências ora humanas ora fantasmagóricas coabitam o espaço com a estrutura central da peça, construída a partir de um jogo de equilíbrio entre canas de bambu, andaimes de ferro e pladures, e com os vídeos Parallel Territories (Lines) (2007), Still Life (2007), Antropofobias & Etolomanias (2002) e The Bavarian Worm (2005), povoados por criaturas extraordinárias. Situada num espaço intermédio do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, a instalação E lá dentro. Vento. propõe maneiras inventivas de atravessar o território da obra e se relacionar fisicamente com a realidade do seu entorno.
Susanne S. D. Themlitz vive entre a Alemanha e Portugal. O seu trabalho já foi exposto em diversas instituições nacionais e internacionais, de entre as quais se destacam: Museo de Arte Moderno y Contemporáneo de Santander y Cantabria, Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Atelier-Museu Júlio Pomar, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Fundação MAAT/EDP, Fundação Oriente, Fundação Carmona e Costa, Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, Kunsthalle Düsseldorf, Galerie Alex Serra, Galeria Vera Cortês, Galería Ángeles Baños, Sismógrafo e Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.