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Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

Imagens do século XVI como documentos de identidade indígena no Brasil do século XXI

Imagens do século XVI como documentos de identidade indígena no Brasil do século XXI

22 JUN, 14:00–18:00

Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

Calçada Santa Isabel
Todos os PúblicosGratuito

Para grande parte da população brasileira, as representações sobre os indígenas do atual território do país, produzidas entre os séculos XVI e XIX, continuam a funcionar como referências de uma certa «autenticidade indígena» perdida. Porquê? A partir de uma análise das imagens dos Tupinambá da Bahia utilizadas na «CPI FUNAI-INCRA 2», de entre as quais as gravuras de André Thévet (1502–1590), Hans Staden (1525–1576) ) e Jean de Léry (1536–1613), esta comunicação propõe abordar as relações sociais que se incorporam e marcam essas e outras imagens sobre os indígenas do Brasil, e que conseguem conduzir e/ou tornar possíveis certas leituras acerca delas, interpretando-as como «documentos» ou «evidências». Analisarei como essas interpretações, localizadas e aplicadas social e historicamente, definem, em última instância, não o que as imagens «são», mas como «são usadas» — isto é, tornadas políticas.

Andrea Roca, PhD, é membro do Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (LACED/MN/UFRJ). É professora de Espanhol, Português, Cultura e Literatura Brasileira na University of British Columbia (UBC; Vancouver, Canadá) e de Antropologia Cultural no Corpus Christi College. É autora de Objetos alheios, histórias compartilhadas: os usos do tempo num museu etnográfico (2008), e Os sertões e o deserto: Imagens da ‘nacionalização’ dos índios no Brasil e na Argentina, na obra de J. M. Rugendas (1802-1858) (2014).

Participantes